Por ossos do ofício, estive envolvido com 'venturas e desventuras' do que se convencionou chamar de 'mercado do luxo'.
Com muito esforço, procurei encontrar meios práticos de entender algo 'pra lá' de complexo.
Reparto minhas conclusões...porque o que é de um, não é de nenhum (hoje estou na linha!!!)
O mercado de luxo é perceptivo e sensorial...depende muito da cultura, estilo de vida e capacidade financeira de quem está sendo analisado.
Embora tenha encontrado, no meu caminho, alguns 'experts', nada do que ouvi e vi me pareceu suficiente para receber o selo conceitual de 'definitivo'.
Vamos aos pontos:
1. Existe relação direta entre luxo e dinheiro?
Não, de forma alguma.
Pode haver e há relação entre caro e dinheiro...acontece que nem tudo que é caro é de luxo...ou de bom gosto, se você preferir.
Aqui o campo é minadérrimo....
Chegue bem próximo de uma distinta senhora - que está em plena escalada social - e diga que o objeto de arte que ela comprou, indicada pelo seu 'personal decorator', é breguíssimo e que ela jogou dinheiro no lixo.
A 'lady Kate' da vez vai ter um troço e cair morta, pois na sua 'cabecinha' estava investindo na peça que iria colocá-la na capa de Caras.
Acontece que a sociedade que 'sabe das coisas' não aceita aquele artista como 'elite'...e, além disso, recrimina o/a pessoa abertamente em qualquer roda social.
Assim, fica evidente que luxo é 'a percepção de um grupo'...que pode - ou não - estar associado ao alto preço e um determinado nível de extravagância.
Cada dia fica mais evidente que o 'luxo real' é menor do que o excesso...mas pode ser que este seja apenas o sentimento de uma elite...
O tema é palpitante e merece outras considerações...
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