Wednesday, October 19, 2011

SUPOSTAMENTE, A MÍDIA NÃO FABRICA NOTÍCIA!!!



Digo supostamente, porque há casos onde isso já aconteceu...mas a tradição não é o repórter matar, para depois anunciar quem morreu!!!
Pode não fabricar, mas tem o 'SUPREMO PODER' de ativar as mentes e levá-las as conclusões que interessam ao 'establishment'.
Sou um atento observador do modelo como é apresentada o Jornal Nacional, da Globo.
Se você se interessar, repare alguns itens que vou sinalizar:
1. Do Universo de bilhões de notícias, que poderiam ser pautadas para entrar nas vozes do grande Bonner e Fátima, as escolhidas sofrem com edições muito pouco relacionadas apenas aos fatos...para edições com valores flagrantemente definidos;
2. 50% do que é mostrado não tem qualquer importância...que justifique estar no Jornal mais visto e falado do país;
3. A divisão dos blocos é um programa de computador...que termina com gols ou o silêncio do sepultamento de alguma vida ou república;
4. As notícias, que todos esperamos, têm um roteiro: mocinhos, bandidos e opinião...nem sempre recebendo o mesmo tempo ou qualidade da informação;
5. Nenhuma notícia entra na grade sem que passe por um 'test drive' da emissora, que primeiro joga o passarinho no ar para ver até onde voa. Se for alto e longe, aí o sistema entra matando...saem de helicóptero, camburão e mochilas, com refeições para cinco dias em campo;
6. A imagem do mocinho da vez é sempre vigorosa e cheia de bons 'takes';
7. A imagem do bandido da vez é sempre tenebrosa e cheia de takes que contribuem para torná-lo o bandido que a emissora quer vender. Bruno ex-goleiro do Flamengo é um caso típico;
8. Uma pessoa de grande evidência pode sumir dos noticiários em apenas um dia. Júlio Lopes é um caso típico;
9. Nenhuma apuração vai até o fim...ou pelo menos perto do fim. Fica tudo sempre cinza. O que aconteceu com o caso do bondinho de Santa Tereza????;
10. Embora a emissora não canse de falar em responsabilidade social, seu desejo por IBOPE É MAIOR QUE A RESPONSABILIDADE SOCIAL. Cadê a reportagem que vai mostrar como estão preparadas as cidades serranas para as chuvas de verão???
Então, dê-se um tempinho para entender que sentar para assistir ao JN é um dever cívico, que seria melhor interpretado num teatro, com direito a debate após cada nova apresentação.

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